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Rússia e Venezuela assinam acordo de cooperação naval

Esse decreto é um dos mais duros já lançados contra o regime de Maduro


O ministro de Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, assinou com a Rússia um acordo de cooperação naval, que prevê a “visita” de navios de guerra aos portos dos dois países. Do lado russo, o pacto foi firmado pelo ministro Sergei Shoigu.

A assinatura deste acordo em Moscou ocorre uma semana depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assinado um decreto impondo novas restrições econômicas contra a alta cúpula do ditador Nicolás Maduro.

Esse decreto é um dos mais duros já lançados contra o regime de Maduro. Ele congela 100% dos bens do governo e ainda prevê que empresas americanas e estrangeiras fiquem suscetíveis a punições caso realizem investimentos de qualquer espécie no país. A Rússia tem sido a principal aliada do regime de Maduro.

 

“Estamos acompanhando os acontecimentos na Venezuela. Condenamos a pressão sem precedentes de Washington, que visa a desestabilização da situação no país”, afirmou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.

“Apoiamos os esforços da liderança da república venezuelana na condução de uma política externa independente e no combate às tentativas dos Estados Unidos de mudar o poder eleito legitimamente (…)  Acreditamos que apenas os venezuelanos têm o direito de determinar o seu futuro”, completou.

Padrino insistiu que a “legislação internacional é violada de uma forma absolutamente insolente”, por meio das sanções americanas, e culpou as ações dos Estados Unidos pela crise econômica e humanitária em seu país, gerada muito antes do início das penalidades.

A cooperação militar entre Venezuela e Rússia vem aumentando nos últimos meses. Além de ter tropas estacionadas na regiãoem dezembro de 2018, bombardeiros russos aterrizaram no país para realizar exercícios militares.