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Tsunami atinge Tonga após erupção de vulcão submarino

O motivo foi a intensa erupção vulcânica submarina que acontecia a cerca de 65 quilômetros da capital e, além de gerar ondas devastadoras de mais de um metro, também cobriu a cidade por nuvem de cinzas no ar.


Um tsunami atingiu a Ilha de Tonga, no Pacífico Sul, no último sábado (15). O motivo foi a intensa erupção vulcânica submarina que acontecia a cerca de 65 quilômetros da capital e, além de gerar ondas devastadoras de mais de um metro, também cobriu a cidade por nuvem de cinzas no ar. A comunicação na ilha – internet e telefone – foi completamente perdida após as ondas atingirem o local. No entanto, a Austrália e a Nova Zelândia enviaram voos de vigilância nesta segunda-feira (17) para avaliar os danos em Tonga. O ministro do Pacífico da Austrália, Zed Seselja, disse que, inicialmente, os relatórios não indicaram vítimas em massa nem da erupção e nem do tsunami. Mas a polícia australiana visitou algumas praias e relatou que haviam “casas jogadas” e que, portanto, danos significativos ocorreram. “Sabemos que há alguns danos significativos e sabemos que há danos significativos aos resorts”, disse ele em entrevista a uma estação de rádio australiana. O ministro também acrescentou que, felizmente, o aeroporto de Tonga parece estar em condições relativamente boas. O vice-chefe da missão de Tonga na Austrália, Curtis Tu’ihalangingie, pediu paciência enquanto o governo de Tonga decide suas prioridades de ajuda. Uma das grandes preocupações das autoridades é justamente essas ajudas colaborarem para espalhar a Covid-19 na ilha, que é livre de casos. “Não queremos trazer outra onda – um tsunami de Covid-19”, disse ele à Reuters. Segundo Curtis, qualquer ajuda estrangeira precisaria passar por quarentena e provavelmente ninguém de fora teria permissão de desembarcar de aviões. A maior erupção dos últimos tempos O vulcão Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai entrou em erupção regularmente nas últimas duas décadas, mas dessa vez, o seu impacto foi sentido em Fiji, Nova Zelândia, Estados Unidos e Japão. Segundo o meteorologista neozelandês WeatherWatch, um dia depois da erupção, países a milhares quilômetros de distância a oeste registravam nuvens de cinzas vulcânicas. Aparentemente, essa foi a maior erupção desde o Monte Pinatubo, nas Filipinas, há 30 anos, disse o vulcanologista neozelandês Shane Cronin à Radio New Zealand. “Esta é a erupção melhor testemunhada do espaço”, disse Cronin.