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Dança do ventre valoriza a figura da mulher, diz servidora

Servidora pública desde 2006, Karina seguiu a carreira de jornalista pelo desejo muito grande de trabalhar pela cultura de Mato Grosso do Sul por meio do exercício da profissão.


Talento que já dura há mais de 15 anos e que transcende o próprio corpo de Karina Medeiros de Lima, a dança do ventre exalta a figura feminina da jornalista. Hoje, a servidora da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul expõe o sentimento de amor em praticar a arte e que a rotina de ensaios e apresentações também contribui para o bem-estar.

Servidora pública desde 2006, Karina seguiu a carreira de jornalista pelo desejo muito grande de trabalhar pela cultura de Mato Grosso do Sul por meio do exercício da profissão. Por outro lado, a competência está na alma da dançarina, que é parte de um conjunto de tradições, crenças e costumes deste Estado diversificado.

Conforme diz Karina, o nascimento da prática tem uma origem sagrada, no Oriente.  “A dança do ventre teve sua origem no Antigo Egito, em que as sacerdotisas dançavam em honra aos deuses e deusas nos templos, em rituais para fertilidade e boa sorte na colheita e na vida, nos nascimentos, entre outras coisas”, diz ela, ao fazer um resgate histórico sobre a dança.

Independentemente da distância ou da região, é certo de que tal arte enaltece, principalmente, o corpo da mulher. A expressão da feminilidade e a libertação da alma são características da dança. “Quando danço, entro em contato com minha essência e sou capaz de ser mais empática com as pessoas, o que me torna um ser humano melhor”, expressa ela. A primeira apresentação foi no Asilo São João Bosco, aqui de Campo Grande, instituição que ela costumava a frequentar para trabalhos voluntários.

Os gestos reproduzidos da cabeça aos pés apresentam diversos significados. Por exemplo, existe os movimentos em oito, em que o quadril da bailarina desenha o símbolo do infinito, sendo um oito deitado. “Tem também os braços de serpente, em que os dois braços da bailarina fazem movimentos simultâneos imitando os movimentos sinuosos de uma cobra. A serpente para os povos orientais tem um significado muito bonito, simboliza a sabedoria”, explica a servidora.

As roupas coloridas e cheias de ornamentos deixam as mulheres orgulhosas em vesti-las. Os modelos são variados e dependem o tipo de dança. “Cada modalidade pede um traje diferente. Há determinadas danças, como a do jarro e a do bastão, que são folclóricas, em que não se mostra a barriga, o ventre. Dança-se com túnicas. Os trajes mais conhecidos são o top com saia e pala, para enfatizar os movimentos de quadril e do ventre da bailarina, e para evidenciar toda a beleza feminina”, continua ela.

O exercício da dança geralmente é feito em grupos, seguindo um calendário mais intenso em épocas de apresentações e espetáculos, no momento parados por conta da pandemia do coronavírus. Ela, que já se apresentou na Semana do Servidor, no Palácio Popular da Cultura, tem o apoio dos colegas de trabalho para disseminar a dança. A servidora já participou do workshop Mercado Persa, evento que reúne praticantes, profissionais da área e apreciadores da cultura oriental árabe.

“É a melhor parte! Trouxe e traz para mim muitos benefícios, melhora minha saúde, me torna uma pessoa ativa e feliz! Hoje posso dizer que me sinto uma mulher muito mais feliz e mais completa, graças à dança do ventre. Fiz muitas amizades e o ambiente é bastante saudável e alegre”, relata Karina, que pretende seguir na arte por um bom tempo pois a ama e porque a dança proporciona qualidade de vida.