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Após quarentena, quase metade dos estudantes volta às aulas na China

Entre membros do sistema educacional – que inclui um total de 278 milhões de estudantes e 17 milhões de professores e outros funcionários


Na China, mais de 107 milhões de estudantes voltaram às aulas após o bloqueio nacional contra o coronavírus, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira, 12, pelo Ministério da Educação chinês. O número representa quase 40% do total de estudantes do país, sendo que a maioria pertence ao Ensino Fundamental e Médio.  

Segundo Wang Dengfeng, diretor do grupo de controle da epidemia do Ministério da Educação, em 21 províncias chinesas, mais de 31 milhões de alunos do Ensino Médio já voltaram às aulas, enquanto quase 44 milhões retornaram ao Ensino Fundamental – todos de máscaras e respeitando as medidas de saúde estritas – após quatro meses de férias forçadas devido ao vírus. Até o momento, os jardins de infância reabriram em apenas oito províncias no país.

Além disso, quase 3 milhões de universitários retomaram às aulas presenciais em 26 províncias do país, exceto em Hebei (nordeste), Shandong (leste), Hubei (centro), Heilongjiang (nordeste) e Pequim, onde as aulas ainda não recomeçaram.

Wang enfatizou que, atualmente, há apenas um caso de coronavírus confirmado entre todos os professores e alunos no país inteiro – contando tanto os que iniciaram as aulas quanto os que não – e há 14 pacientes assintomáticos que estão sob observação médica. O caso confirmado foi ligado a um dos chamados casos “importados”, de viajantes do exterior, na província de Heilongjiang, no nordeste.

A província tem ligações aéreas com a Rússia, de onde vieram ao menos três viajantes infectados. Desde então, Harbin, a maior cidade da região, com 10 milhões de habitantes, registrou ao menos 52 novos casos de coronavírus.

Entre membros do sistema educacional – que inclui um total de 278 milhões de estudantes e 17 milhões de professores e outros funcionários –, foram registrados 43 casos “importados”. Segundo Wang, todos já estão curados e receberam alta.

Em Pequim, onde as aulas voltaram apenas para o Ensino Médio e Fundamental, pulseiras eletrônicas começaram a ser usadas para medir a temperatura corporal dos alunos. A pulseira, semelhante a um relógio para registrar exercícios, possui um sensor embutido que mede automaticamente a temperatura corporal e emite um alerta se for detectada uma leitura elevada.

Na segunda-feira 11, a China registrou 17 novas infecções pelo coronavírus em 24 horas. Entre os casos, sete foram importados e cinco ocorreram na cidade de Wuhan, onde o surto teve início e um rígido bloqueio foi suspenso no mês passado.

O nível de risco epidemiológico em Wuhan foi elevado neste domingo 10, depois que o primeiro caso de Covid-19 em mais de um mês foi detectado na cidade. Esta foi a primeira infecção reportada na cidade desde 3 de abril.

 

 

 

 

(Com EFE)