A vereadora Ana Portela (PL) publicou um vídeo em duas redes sociais comentando sobre as decisões dos últimos dias envolvendo o transporte público de Campo Grande. Relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara da Capital que investigou irregularidades do Consórcio Guaicurus, a parlamentar diz que a empresa sempre visou ao lucro e não à qualidade.
“Resolveram abrir os olhos para o nosso relatório da CPI. Depois de três dias de greve, o Ministério Público resolveu investigar o contrato de concessão do transporte público de Campo Grande, embasado no nosso relatório. O Tribunal de Justiça também tem uma decisão para a intervenção do contrato. Na decisão, citam parte do relatório da nossa CPI, falando que Consórcio prioriza o lucro e não a qualidade, algo que não pode acontecer no contrato”, disse a vereadora.
A decisão do TJ, proferida nesta quarta-feira (17), ocorre em meio à crise instalada pela greve total dos motoristas, que, desde segunda-feira (15), cruzam os braços para cobrar o pagamento de 50% do salário de novembro e o 13° salário.
Com a liminar, caberá ao Município estabelecer um interventor para atuar diretamente na gestão administrativa do contrato para assegurar o cumprimento das obrigações contratuais e trabalhistas, uma vez que o descumprimento dessas responsabilidades foi apontado como fator determinante para a paralisação atual.
O Consórcio Guaicurus afirmou, na terça-feira (16), ao juízo do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 24ª Região, não ter capacidade de honrar o compromisso. Mesmo tendo recebido R$ 3 milhões da Prefeitura na sexta-feira (12), o diretor-presidente do Consórcio garantiu não ter caixa para priorizar o pagamento dos funcionários.
Pressionado para a retomada parcial do serviço, o sindicato que representa a categoria alegou que funcionários não estão com condições emocionais para retornar ao trabalho.
Mais de 250 trabalhadores estiveram reunidos na audiência de conciliação entre a empresa e a categoria no TRT da 24ª Região, mas, sem acordo, decidiram manter a greve. Até a tarde desta quarta-feira (17), ainda não havia perspectiva de encerramento da mobilização, que já é histórica para o serviço de transporte público da Capital.





