A deputada federal Camila Jara (PT-MS) afirma, após denúncia do Partido Novo ao Conselho de Ética, que agiu em defesa dos parlamentares e jornalistas durante protesto no plenário da Câmara, no dia 9 de dezembro.
“O que ocorreu no dia 9 de dezembro foi um tumulto generalizado — com cenas até de violência física. Agi em defesa das jornalistas e deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos”, diz nota da deputada, que afirma receber a representação no conselho com “indignação”.
O Novo acionou o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e pediu a suspensão de Camila por violação ao decoro parlamentar, ou até a cassação do mandato. Isso porque a deputada foi filmada dando um empurrão em um servidor da Câmara.
“Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento. Qualquer narrativa que impusesse a mim condutas violentas ignoraria o contexto dos fatos e, antes disso, os próprios fatos. E seria estória e não história”, ressalta.
Tumulto na Câmara
O flagrante ocorreu no dia em que o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força do Plenário por policiais legislativos.
A desordem começou assim que Braga sentou-se na cadeira do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), onde ficou por duas horas. Ele protestava contra sua cassação por quebra de decoro — o que culminou no seu afastamento por 6 meses.
Na confusão, Camila Jara discutiu com o secretário-geral da Mesa Diretora, a quem a deputada queixava-se da violência contra o deputado Glauber.
Conforme a manifestação do Partido Novo, Camila Jara teria atacado fisicamente o secretário-geral da Mesa da Câmara, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, ao supostamente empurrá-lo e apontar o dedo em seu rosto, além de expressar ofensas verbais.
No documento encaminhado à Comissão de Ética, o Partido Novo afirma, ainda, que a conduta atribuída à parlamentar viola deveres previstos no Código de Ética, como o exercício do mandato com “dignidade e o tratamento respeitoso a servidores da Casa”.





