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Dubai Brasileira oferece atrações únicas, mas sua praia foi eleita a mais feia do Brasil

Nacionalmente, Balneário Camboriú, em Santa Catarina, é conhecida como a “Dubai Brasileira” devido a seus arranha-céus imponentes na região litorânea. Apesar do prestígio em meio aos investimentos de primeiro mundo, a praia da região foi considerada uma das piores do país pelo corpo de jurados do po


De acordo com os avaliadores, mesmo que o luxo seja exposto nos empreendimentos, a cidade catarinense enfrenta grandes desafios ambientais, sociais e políticos. A negatividade fica a cargo, especialmente, da questão urbanística. Para que o status de pior praia do Brasil fosse entregue, a análise destacou a falta de balneabilidade, aterramento, coliformes fecais e contraste entre ostentação e descaso.

Conforme estudo do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), três praias do município estão atualmente classificadas como impróprias para banho. São elas: Praia de Taquaras (em frente à Escola Municipal), Praia de Taquaras (na Lagoa de Taquaras) e Praia Central de Balneário Camboriú (no Pontal Norte).

Críticas a praias da região

Sobretudo, a qualidade da água em Balneário Camboriú foi um dos aspectos decisivos para a negativação no ranking final. Os relatórios indicam níveis preocupantes de coliformes fecais no mar, tornando-o impróprio para o banho. Em suma, o mar é considerado impuro quando mais de 20% das amostras superam 800 Escherichia coli por 100 mL de água, ou quando a última coleta ultrapassa 2.000 E. coli por 100 mL.

Na análise do Diário do Centro do Mundo, a situação é potencializada devido ao despejo irregular de esgoto e por conta da infraestrutura incapaz de acompanhar a superlotação típica da cidade em meio à rotatividade de turistas. Por consequência da contaminação, as amostras indicam alto risco à saúde ao entrar em contato com as águas.

Em continuidade, a ampliação da faixa de areia de Balneário Camboriú também foi criticada, uma vez que o aterramento na Praia Central transformou a orla em um ambiente artificial. De acordo com especialistas, as intervenções tendem a mudar a dinâmica das correntes, afetando o ecossistema marinho e aumentando a turbidez da água, deixando o mar menos claro e menos convidativo.

Um outro ponto destacado pelo estudo diz respeito ao contraste entre a imagem repassada para atrair visitantes e sua real aparência. Conforme o portal, muitas pessoas que são atraídas pelo marketing acabam frustradas ao perceber que o mar cristalino das fotos não corresponde à realidade. No mais, o DCM esclarece que a cidade não garante o básico: água limpa, ambiente preservado e acesso acolhedor.