O Jornal Midiamax, procurado por candidatos revoltados com o cancelamento do concurso do TRT24 (Tribunal Regional do Trabalho), denunciou nessa terça-feira (19) suposta desorganização e irregularidades no certame, que, inclusive, teve data de prova remarcada. Horas depois, houve pedido de reconsideração, que foi recebido como recurso administrativo e concedido efeito suspensivo parcial pelo presidente.
Dessa forma, os procedimentos relativos à devolução de valores da taxa de inscrição, publicação de novo edital e nomeação de cargos permanecem suspensos até o julgamento final do recurso.
Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região disse que tomou ciência do ofício, encaminhado pelo Ministério Público Federal, em 5 de agosto de 2025, o qual resultou na decisão que declarou a nulidade do Edital n. 01/2024 e de seus atos decorrentes. Após a devida tramitação interna, a decisão foi proferida em 18 de agosto de 2025.
Revolta tem até hashtag: #ReconsideraTRT24
Nas redes sociais do Órgão, muitos internautas, usando a hashtag #ReconsideraTRT24 continuam falando sobre a revolta com o certame. “Passei meses estudando, abdiquei de momentos em família, amigos e até da minha saúde mental para alcançar meu sonho: ser aprovado em um concurso público. Consegui a tão sonhada classificação, estava prestes a conquistar a estabilidade e a recompensa por todo o esforço… mas, de repente, tudo foi anulado. É revoltante ver um concurso público — que deveria ser exemplo de seriedade — acabar em frustração e desrespeito com todos que se dedicaram. Não é só uma prova que foi anulada, foram sonhos interrompidos”, iniciou Michel Acosta.
Em seguida, pediu a reconsideração sobre a decisão de anulação do concurso, para que seja buscado outros meios que respeitem os direitos de ambos os lados, referindo-se as cotas. “Prejudicar um para ajudar outro não deveria ser considerado uma saída! Já que a responsabilidade foi do tribunal e da banca, porque nós que cumprimos todos os requisitos e exigências devemos ser os punidos? Não fiz nada de errado, eu estudei, me esforcei e passei! E quero ser respeitado!”, finalizou.
Provas foram reaplicadas em maio
As provas foram reaplicadas em maio, em pleno Dia das Mães, em Campo Grande, e agora, com o processo quase finalizado, a anulação completa causa ainda mais insatisfação. A notícia atinge os candidatos que já haviam enfrentado gastos com transporte e hospedagem, além de um desgaste emocional.
O concurso oferecia 14 vagas imediatas e cadastro de reserva, com salários que variavam de R$ 10.512,91 a R$ 15.455,18. O Tribunal não informou se haverá um novo concurso.