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5 cuidados essenciais para amenizar as dores articulares em pets idosos

Médica-veterinária explica que a chegada do frio pode aumentar os desconfortos


A chegada do inverno, no dia 21 de junho, traz com ele um grande vilão para a saúde de cães e gatos idosos: as doenças articulares! Nesse período de baixas temperaturas as dores tendem a se intensificar, o que traz uma alerta aos tutores sobre os cuidados essenciais para amenizar tal desconforto.  

Em cães, as dores são causadas por osteoartrite (ou artrose), alterações em joelho, displasia coxofemoral, displasia de cotovelo e discopatias. Embora seja menos diagnosticada, os felinos costumam sofrer mais com a osteoartrite, que é frequente nas articulações da coluna e nos membros pélvicos do animal.

Docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), a médica-veterinária Dra. Aline Ambrogi explica que essas dores articulares em cães e gatos idosos são intensificadas no inverno.

“O frio tende a causar rigidez muscular e provoca a diminuição da lubrificação das articulações, o que agrava dores já existentes e reduz a mobilidade dos pets. Em animais com osteoartrite, por exemplo, os sintomas ficam mais evidentes no inverno, com dificuldade de levantar, caminhar ou subir escadas. Os gatos demonstram a dor articular de outra maneira, deixando de urinar e defecar e ficando mais quietinhos nesse período”, exemplifica.

Segundo Aline, quando o pet já é idoso, esse sofrimento pode ser ainda maior. “No inverno a tendência à inatividade aumenta, o que reduz a circulação sanguínea e a mobilidade das articulações. Além disso, o frio intensifica a rigidez articular e a dor, agravando o quadro clínico em pets que já têm desgaste nas articulações, como é comum em cães e gatos na terceira idade”, complementa.

A médica veterinária alerta: com as baixas temperaturas, é preciso ficar atento aos sinais de desconforto. Entre os mais comuns estão: dificuldade para se levantar; andar com rigidez; mancar; relutância para pular e/ou subir escadas; desinteresse por brincadeiras; mudanças de humor; vocalizações de dor ao se movimentar ou ser tocado; dificuldade para urinar ou defecar; perda de apetite. 

“Cada doença articular pode comprometer a qualidade de vida do animal. A osteoartrite causa dor crônica, limitação de movimentos e atrofia muscular. Displasias e luxações podem causar instabilidade, inflamação e deformidades ósseas, comprometendo a locomoção e causando sofrimento contínuo”, explica Aline. “Em casos muito graves, alguns cães não conseguem se levantar para fazer necessidades básicas.”

Segundo a especialista, algumas raças têm predisposição genética a doenças articulares. Em cães, por exemplo, pastor alemão, labrador retriever, golden retriever e rottweiler são propensos à displasia e artrose. Em gatos, a raça maine coon pode também ter displasia coxofemoral.

No inverno, é possível amenizar as dores de pets idosos?

A resposta é sim! De acordo com a docente de Medicina da UniFAJ, alguns cuidados são importantes para que o animal não sofra com o desconforto causado pelas doenças articulares em decorrência das baixas temperaturas.

“É importante lembrar que o envelhecimento é um processo natural, mas não deve ser sinônimo de dor ou limitação. No frio os animais até tendem ficar mais quietinhos no canto deles, mas é preciso acompanhá-los de perto”, alerta. “A medicina veterinária evoluiu muito no manejo da dor e das doenças articulares. Com cuidados simples, atenção aos sinais e acompanhamento veterinário, é possível garantir conforto e bem-estar para cães e gatos idosos, inclusive nos meses mais frios do ano.

Terapias complementares, como acupuntura, fisioterapia e laserterapia podem ser muito eficazes também”, ressalta. Aline “receita” ainda 5 cuidados importantes nesse frio:

1 - Ambiente confortável 

Proporcione locais aquecidos, evite pisos escorregadios, use caminhas confortáveis e elevadas. Proteja seu cachorro de correntes de ar, chuva e frio extremo, especialmente se ele dorme fora de casa;

2 – O corpo sempre em movimento  

Incentive caminhadas curtas e frequentes. Exercícios leves mantêm a circulação e evitam a atrofia muscular.

3 – Alimentação de qualidade

Dietas equilibradas e ricas em ômega-3, além de condroprotetores (como glucosamina, condroitina e colágeno), podem auxiliar na saúde articular. Não se esqueça daquela água sempre fresquinha!

4 – Sempre alerta aos sinais

Fique atento aos sinais de hipotermia, como tremuras fortes, mucosas azuladas, respiração lenta e letargia.

5 - Diagnóstico precoce e tratamento

Ao presenciar os sinais de dor do animal, procure por um especialista. O diagnóstico precoce e o manejo adequado evitam sofrimento e retardam a progressão das doenças articulares.

 

 

 

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